quarta-feira, 19 de setembro de 2012

VIAGENS MUNDO AFORA




VIAGENS MUNDO AFORA



A humanidade é mesmo assim - sempre corre atrás do inalcançável. Há sim uma infinidade de vida distribuída e isolada no Universo. Nasce e se desenvolve diferenciada conforme as condições físico-quimicas dos seus próprios ambientes, por uma simples questão de probabilidades. A Terra é o único habitat para o Homem em todo o Universo - se houver "outra Terra" no universo ela é inalcançável pelas distâncias, pelas limitações da energia e pela brevidade da vida humana - por isso inventamos e sonhamos com soluções através de universos paralelos, "buracos de minhoca - wormholes", buracos negros e brancos capazes de triturar e engolir estrelas, nebulosas e galáxias. Mas temos passaportes e salvo-condutos para o mundo das pressões, velocidades e temperaturas, e tais singularidades do mundo físico serão inteiramente benevolentes com a toupeira que quer passar ilesa através deles, a ponto de abrirem mão de suas naturezas.

A pesquisa espacial é ótima - expande os conhecimentos da ciência e da tecnologia e isso traz soluções para os problemas na própria Terra. O custo disso é baixíssimo - o que nosso Planeta perde são poucas toneladas de materiais colocados em órbita - a moeda circula entre os homens; não vai pro espaço.

A humanidade é capaz de dizimar todos os seres vivos e habitantes de um Continente para encontrar uma ameba que provavelmente existe em outros mundos. Isso não teria nenhuma utilidade para a espécie humana e seria considerado um grande feito - mais do que amor à vida, nós temos vaidade e ambição. Vivemos de sonhos e de palavras e é isso que nos impulsiona. Para evitar a antropofagia e a matança generalizada, o Homem precisa inventar deuses e construir bezerros de ouro - viver como povos decentes, solidários e amoráveis é insignificante para a humanidade - esse gigante cínico, pretensioso, vaidoso, ignorante e sem cabeça.

Marco Bastos


COMPLEMENTANDO:

Tenho observado que há uma tendência mística a se pensar que há coisas que ainda não se conhece melhor, ou que não se vivencia, e que poderiam levar a soluções que permitissem viagens no espaço-tempo de forma a viabilizar o trânsito através do Universo. Outro dia eu argumentava que as distâncias interestelares e intergaláticas aprisionavam o homem à Terra. Ninguém vive 130.000 anos para alcançar a Próxima Centauri. O meu interlocutor argumentou que existem os wormholes interligando Universos, como se fosse um atalho mágico que permitisse vencer distâncias andando para o lado, suspendendo o tempo. É preciso se pensar que o mundo é o mundo e a Relatividade apenas uma geometria que o descreve quando as velocidades se aproximam da velocidade da luz, limite no Universo, ou quando as massas são tão grandes que mudam a trajetória da luz, deformando o espaço que seria visto, se navegássemos à velocidades próximas a da luz. Existem três Mecânicas: a Clássica, newtoniana, que permitiu determinar as trajetórias de todas as naves espaciais, inclusive das Voyagers lançadas em 1977 e que hoje navegam além do Cinturão de Oort, além da heliopausa, no espaço interestelar; A Mecânica de Einstein, Relatividade para fenômenos com velocidade próximas a da Luz; A Mecânica Quântica de Planck, para fenômenos da matéria na dimensão atômica ou subatômica.
Para dar uma idéia do que essas coisas representam, para desfazer esperanças infundadas, aos que se interessarem, vai aqui esse site que tráz simulações feitas em computadores, citando modelos desenvolvidos em Universidades bem conceituadas, como é o caso de Cambridge: http://casa.colorado.edu/~ajsh/schww.html. Achei tudo muito interessante, por exemplo, o como veríamos o mundo, se em um buraco-negro, ainda tivéssemos olhos de ver.

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