ZÍNGARA
´
Z éfira, Samira // safira se me Alísias // - réus meus óleos. (1)
Í ngreme recanto // safena alveolada // Zéfiro imortal (4)
N em renda, nem tenda // fenda imaculada // lendas de amor ateu (7)
G ira entre rendas // lendas esverdeadas // ventos alísios (6)
A s tâmaras // teu umbigo, teus figos // monte Ararat (3)
R útila renda // na senda do deus-dará // prevendo a messe (5)
A ras na terra fria // (se)mentes alinhadas // nos olhos teus (2)
Marco Bastos (1) (3) (5)
Vania de Castro (2) (4) (6) (7)
Z éfira, Samira // safira se me Alísias // - réus meus óleos. (1)
Í ngreme recanto // safena alveolada // Zéfiro imortal (4)
N em renda, nem tenda // fenda imaculada // lendas de amor ateu (7)
G ira entre rendas // lendas esverdeadas // ventos alísios (6)
A s tâmaras // teu umbigo, teus figos // monte Ararat (3)
R útila renda // na senda do deus-dará // prevendo a messe (5)
A ras na terra fria // (se)mentes alinhadas // nos olhos teus (2)
Marco Bastos (1) (3) (5)
Vania de Castro (2) (4) (6) (7)
4 comentários:
O Letrix ficou belíssimo!
Parabéns, Marco.
Carinho,
Vania
Acho muito difícil este tipo de construção poética, Marco. A sua parceria com a Vania deu certo, e o resultado não poderia ser diferente: um letrix complexo e elegante.
Parabéns aos dois.
Abraço,
Jorge
É uma cigana de trança que dança descalça na fogueira da noite e semeia versos ao deus-dará. É a bruxa da poesia que não explica, mas abre velas nos Alísios, para os insights navegarem.
Ara! após o dilúvio um Ararat projetivo!. rs.
É um trabalho experimental, prezado Jorge, direcionado para a quebra da linearidade da linguagem, na presunção de que o poema se construa na cabeça do leitor e dos poetas que não sabem de antemão a que imprevistos a poesia os levará. Vania é poeta e por profissão psicóloga - talvez acostumada a interpretar sonhos e signos, e figuras de um Rorschach, quem sabe um dia semiótico. E o Letrix terá chegado ao "para que veio". rs. Gosto muito da parceria dela, pelas características tão bem identificadas por você: complexidade com elegância. A musicalidade, ritmo e harmonia, nos letrix é fundamental.
abraços para os dois.
Marco.
Nossa! Que lindas palavras de dois poetas que admiro!!! Jorge, agradeço e sinto-me honrada com seu comentário! ZÍNGARA chegou e com ela a festa, a música, a dança, a alegria e portas abertas à reinvenção das letras. Letrix, criação do grande mestre Marco Bastos é uma construção poética complexa. O Letrix múltiplo compartilhado é construído em momentos diferentes e, por pessoas diferentes. No entanto, as palavras entrelaçam-se de tal forma que o todo torna-se mais que a soma das partes (Gestalt)e aí fica uma lindeza rs!
Meu afetuoso abraço aos dois poetas, Marco Bastos e Jorge Cortás.
Com afeto,
Vania
Postar um comentário