No canto da minha rua
ria Jeremias João
Tião, puxando charrua
Ana, chicote na mão.
No canto canta a viola
O riso ri sem perdão
A paz viola a viola
O escravo mostra o facão.
Passam dias sem sossego
Canção na mesma canção
Ana muxoxo e chamego
Tião suando no chão.
Vai um dia outro dia
no sol da libertação
a lua cantava e ria
Cai Ana nua no chão.
Tião o facão afia
Mia um corte no bucho
Feijão o gato comia
Cobria Ana com luxo.
Cumprida a lida comprida
Jeremias sem viola
Ana perdida na vida
Tião num jogo de bola.
Marco Bastos.
3 comentários:
Marco,
que maravilhosa aluação!!!
Que lindo poema... só um grande poeta para escrever algo tão lindo e tão bem escrito assim.
Meu abraço e carinho,
Vania
Marco bela criação!O teu talento aparece em cada verso com maestria!Um bj de violetas
Que poema mais lindo, Marco! É daqueles pra se ler alto várias vezes. Você já pensou em musicá-lo?
Vou tuitar a postagem para que saia na edição de hoje de meu jornal.
Beijos
Márcia
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